sábado, 10 de março de 2012

História do licor


Mas, afinal, o que é licor?
O que os diferentes tipos de licores têm em comum? 
Porque se diz que licores são digestivos? 
Qual é o jeito certo de servir os licores? 
Qual o tipo certo de copo? 
Licores são servidos antes ou após as refeições? 
É melhor saboreá-los gelados ou à temperatura ambiente?

O que todos os licores têm em comum é o alto teor de açúcar. São bebidas alcoólicas muito doces, feitas a partir de uma infusão de fragrâncias em aguardente ou álcool bastante concentrado.
Podem-se fazer licores de uma infinidade de plantas, sementes, frutos e flores.
Manga, maracujá, uva, , laranja, kiwi, tangerina, coco, até de misturas de chocolate e sabe-se lá o que a imaginação pode inventar.

Um pouco de história

Durante a Idade Média os licores começaram a ser produzidos com a promessa de que tinham qualidades medicinais, vem daí o costume de se tomar licores após as refeições para ajudar a digestão.
As experiências científicas primitivas estavam mais preocupadas em descobrir um solvente capaz de transformar metais em ouro (a famosa “Alquimia”) do que encontrar uma bebida alcoólica de sabor agradável.
No entanto em 1250 um catalão chamado Arnold de Vila Nova descobriu uma forma de extrair os princípios aromáticos das plantas usando o álcool. Juntou açúcar a esses princípios aromáticos e fez surgirem os licores.
Esse cientista, em um tratado sobre o álcool, propôs adicionar ouro aos licores. Só não teve maiores problemas com a Santa Inquisição porque uma de suas poções acabou levando o crédito de ter curado o papa de uma doença.
Monges dos mosteiros europeus dos séculos IV, V e VI eram os maiores fabricantes de licores e elixir curativos, porém suas receitas eram secretas.
O nobre licor “Bénédictine” veio de um desses mosteiros (abadia de Fécamp), localizado na costa da Normandia, surgindo pelas mãos do monge Don Bernardo Vincelli, da Ordem dos Beneditinos, um estudioso das ervasPor volta de 1510, ele misturou 27 especiarias, entre elas o Cravo, a Canela, a Melissa, o açafrão, o hissopo e a Angélica. Ele buscava descobrir o elixir da longa vida (a panacéia), mas acabou obtendo o mítico licor âmbar de sabor apreciado por nobres e monarcas.
Pensava-se que a fórmula se tinha perdido em contínuas invasões e guerras, mas em 1863 foi recuperada por um negociante de vinhos, Prosper Hubert, natural de Fécamp, que se autodenominava Alexandre, o Grande. Ele encontrou a receita em um livro de poções e magia que estava na biblioteca de sua família e levou um ano para decifrá-la. Foi esse negociante que deu o nome “Bénédictine” ao nobre licor; isso em homenagem aos monges.
No rótulo do “Bénédictine” há a inscrição D.O.M, (Deo, Optimo, Maximo), divisa da ordem Beneditina que significa: Deus, o melhor, o máximo.
A partir do século XV os segredos de alquimistas e monges, envolvendo os licores, perderam sua força.
Catarina de Médicis introduziu os licores na França, mas eles só ganharam fama no reinado do Rei Sol, Luiz XIV, que adorava licores.
Como a nobreza imitava seus monarcas, os licores viraram moda na Europa. A França preferia licores de sabor agradável, os digestivos, enquanto a Alemanha e Holanda preferiam licores amargos, os restauradores.

Definição

Licor é uma palavra derivada do latim liquefacere, que significa derreter ou dissolver. Dissolver substâncias, dissolver o aroma de plantas em álcool e transformá-las em uma bebida doce e agradável.
A definição de licor é: “uma bebida alcoólica, adocicada e aromatizada por substâncias vegetais, que podem ser sementes, raízes, frutas, flores e extratos".
Não são bebidas envelhecidas por longo tempo, mas precisam de um período para “extrair” o aroma da planta. É o “descanso” ou maturação que pode variar de horas até meses e que dá o sabor característico ao licor.

Como saborear

Manda a etiqueta que os licores sejam servidos em cálices pequenos, de preferência em cristal transparente, para que a cor possa ser apreciada. Isso porque, em geral, os licores exibem cores exuberantes.
No verão pode ser colocada uma pedra de gelo no cálice ou manter o licor no frio, mas isso poderia quebrar um pouco a impressão de doçura, que é uma característica da bebida. Por isso, o tradicional é que os licores sejam servidos à temperatura ambiente. Além do mais, temperaturas extremas podem amenizar o sabor de licores fortes e prejudicar o sabor dos mais delicados.
O licor deve ser bebido devagar, saboreando-se a complexidade sutil dos aromas dissolvidos na bebida, relaxando-se o corpo e a mente. 
Não se bebe em tragos, é sacrilégioDeve ser saboreado entre a língua e o céu da boca.
Guardar a garrafa em posição vertical para evitar possíveis vazamentos. Muita atenção com restos de licor no fundo dos vasilhames por longos períodos pode ocorrer deterioração, apesar da alta concentração de açúcar.
A hora certa de servir um pequeno cálice do melhor licor é após o jantar, ou seja, sempre à noite. Não se esqueça de servir alguns docinhos, tortas ou bombons ou a si para acompanhar a bebida.















Feiras de Artesanato.

Com o mês de Março a decorrer, a primavera a chegar, apesar de não ter havido inverno este ano, voltam com o tempo bom as feiras de artesanato, com os artesãos a mostrar aquilo que melhor sabem fazer nas artes artesanais.
E este ano também os licores irão estar presentes em algumas feiras de artesanato a divulgar, principalmente, os licores afrodisíacos.
Este mês estaremos na Feira de Artesanato de Mafra e no Dolce Vita Tejo, já com alguns sabores novos e com maior parte daqueles que os clientes antigos tanto apreciam.
Mais para a frente outras feiras serão divulgadas, porque o ano está agora a começar e queremos divulgar o mais possível o nosso saber artesanal.
Aproveitem para adquirir um licor para o Dia ao Pai que está a chegar, é já no próximo dia 19 de Março.